Em todo o país cerca de 59,5 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de
doença crônica; segundo pesquisa apresentada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em parceria com o
Ministério da Saúde, em cada dez brasileiros três estão doentes
Uma equipe de 17 pesquisadores vai desenvolver na Universidade de São Paulo (USP) um banco de células-tronco
de pluripotência induzida. São células adultas que são induzidas
artificialmente para reproduzir a capacidade de formar qualquer tecido
do corpo. Segundo a coordenadora do Laboratório Nacional de Células-Tronco
Embrionárias (Lance) da USP, Lygia Vieira Pereira, as primeiras
pesquisas com o banco poderão começar a ser desenvolvidas em dois ou
três anos. O sistema só deverá funcionar plenamente em aproximadamente
cinco anos.
O banco será formado a partir de amostras de sangue coletadas pelo
Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa). A iniciativa do
Ministério da Saúde vai monitorar, com entrevistas e exames clínicos, a
saúde de 15 mil pessoas ao longo de 30 anos para avaliar os fatores de
risco de doenças crônicas.
Com isso, além das células de uma amostra significativa da população,
estarão disponíveis dados clínicos relativos ao material. “Isso vai
acabar servindo, em um futuro bem próximo, como uma população brasileira
in vitro”, diz Lygia. “Então, no caso de uma nova droga, antes dela ser
lançada, tem que ser testada na população brasileira para ver se ela é
tóxica. A gente poderia antes de ir para as pessoas, testar nas células,
na população brasileira in vitro”, exemplifica a pesquisadora.
Outra utilização, prevista por Lygia, diz respeito ao próprio estudo
de como se desenvolvem as doenças crônicas. “A gente pega os dados
clínicos dessas pessoas e vemos quantas têm depressão. Será que a gente
consegue enxergar isso nas células delas? A gente conseguiria prever que
essas pessoas teriam depressão?”diz.
Entre as dificuldades para a realização do projeto está a necessidade
de se aperfeiçoar o processo para induzir a pluripotência nas células.
“Isto é uma técnica que se você está pensando em fazer para poucas
células é uma coisa tranquila, mas agora a gente tem que pensar em uma
forma de fazer isso em um número grande de células. Então ai você tem
que adaptar protocolos para trabalhar com um número grande de células”.
Fonte:correiodobrasil.com.br
Fonte:correiodobrasil.com.br
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