domingo, 29 de janeiro de 2012

Discutindo a relação
Mulher, não discuta a relação; o homem não presta atenção Sob situações de stress, a atividade cerebral deles sofre redução significativa. "O stress agudo pode afetar atividades e interações entre as regiões do cérebro de maneira diferente entre homens e mulheres" A eterna reclamação das mulheres de que os homens se "desligam" sempre que elas resolvem discutir a relação tem fundamento. Uma pesquisa recente mostra que eles realmente deixam de prestar atenção quando percebem no rosto da parceira a expressão de sentimentos como medo ou raiva. Isso acontece porque, nesse momento, a atividade cerebral dos homens se reduz drasticamente na região responsável por interpretar o sentimento alheio - enquanto nelas, a sensibilidade na mesma área só tende a aumentar. “Quando está sob stress, o homem tende a se 'retirar' socialmente”, explica Mara Mather, autora do estudo e professora da University of Southern, da Califórnia (EUA). "O estudo comprova que o stress agudo pode afetar atividades e interações entre as regiões do cérebro de maneira diferente entre homens e mulheres", completa. Estudos anteriores já haviam sugerido que a ínsula - parte do cérebro que pertence ao sistema límbico e coordena as emoções - tem um papel crucial em simular as experiências dos outros. Já o pólo temporal - responsável pela memória, fala e audição -, seria importante para entender as emoções alheias. Ambos fazem parte de um processo - que envolve também a amígdala e a região inferior frontal - conhecido por estimular a empatia e a compreensão social.
Quem nunca fez uma D.R. atire a primeira pedra! A sigla, que quer dizer nada mais do que discutir a relação, tornou-se algo cada vez mais comum entre os casais. Opiniões contra ou a favor à parte, o fato é que ninguém, em um momento ou outro, conseguiu fugir dessa situação. É que D.R. é muito mais do que um meio de expor os problemas. De acordo com especialistas, é algo que tornou-se indispensável quando se chega a hora de reavaliar as atitudes, identificar as falhas e descobrir porque um dos parceiros deixou de desejar o outro. O objetivo principal da D.R. é achar um consenso que permita a continuidade do romance. A conquista da liberdade de expressão feminina contribuiu muito para o surgimento da D.R.. Antigamente, a mulher sempre aguardava a decisão do homem no que diz respeito à condução do relacionamento. Hoje, os casais já discutem a relação. "A mulher moderna não tem dificuldade em conversar. Há algumas que ainda têm tabus. Mas, em geral, elas estão procurando coisas novas", diz a psicóloga Rosana Svaluto Paúl. “O homem é machista por natureza. Ele não tem o cuidado de perceber o que incomoda a gente.” Com esta mudança comportamental, o homem está deixando aquela imagem de ‘senhor feudal' e passando a entender um pouco mais o que a mulher precisa. Uma das atitudes que melhor exemplifica isso é quando ele consegue notar que a parceira não está satisfeita na hora do "vamos ver". Daí, a conhecida pergunta: "Foi bom para você?".
Para a psicóloga, as pessoas estão investindo mais no amor. O fato de haver uma abertura para a discussão do relacionamento faz com que as coisas se tornem mais claras. E, por isso, os relacionamentos estão se transformando. "Eles duram mais pela qualidade e não pela quantidade de tempo. Quer dizer, são mais qualitativos", explica. Por isso, a necessidade de se aguçar o "sexto sentido". Afinal, a melhor forma de se chegar ao consenso, de acordo com a psicóloga, é quando os dois conseguem perceber que alguma coisa não vai bem. "Normalmente o homem, por sua característica pessoal, não aceita. Ele tem uma forma diferente de amar", afirma. Esse é caso de casais mais conservadores. Muitos deles ainda encontram dificuldade para discutir a relação. É como acontece com Déa Maria Paiva, casada há 36 anos. "O homem é machista por natureza. Ele não tem o cuidado de perceber o que incomoda a gente", afirmou ela, que tentou discutir a relação várias vezes. A persistência de Déa, infelizmente, ainda não sensibilizou o parceiro: "Todas as vezes que tento discutir a relação, ele fica em silêncio total. Aí, acabo falando o que não quero e a conversa termina em briga. O pior é que depois tudo continua na mesma, mas tenho que aceitar", conta. Segundo Rosana, situações como a de Déa estão se tornando incomuns. A psicóloga explica que o número de homens resistentes ao diálogo tem caído, principalmente entre os mais maduros, que estão acostumados a outro tipo de relação. Embora a tal D.R. esteja em alta, muitos casais ficam naquela coisa do "achismo" e nenhum dos dois tem coragem de dizer o que está sentindo. Para os casais que não conseguem discutir a relação a dois, a saída é procurar um especialista. "Quando o casal não consegue discutir sozinho, um ou outro acaba entrando num estado de angústia. Por isso, procuram a terapia. E isso acontece tanto do homem para a mulher, quanto da mulher para o homem", informa Rosana. O assunto, de tão polêmico, chegou à internet. No site de relacionamentos Orkut foram criadas diversas comunidades sobre D.R.. A comunidade que reúne o maior número de membros é ‘Adoro Discutir a Relação', com mais de 1.900 participantes. Em seguida, ‘Odeio Discutir a Relação', com quase mil membros. O publicitário Nelson Gomes, de 26 anos, assume: "Não gosto de ficar discutindo a relação. Quando minha namorada tem alguma conduta que não me agrada, eu apenas digo que não gostei e pronto! Não precisamos ficar discutindo sempre a relação", explica. Segundo ele, fazer D.R. é apontar os pontos negativos da outra pessoa. E uma discussão sobre o que não agrada no parceiro pode acabar desgastando ainda mais o relacionamento. Não são apenas os homens que fogem da D.R. Ao contrário do que a maioria pensa, não são só os homens que não gostam de D.R.. Algumas mulheres também não querem nem saber da tal conversa. A estudante Camila de Almeida que o diga. Há três meses terminou um relacionamento de seis anos. "Ele estava sempre querendo discutir a relação. A cada briga, vinham à tona todos os assuntos do passado que já haviam sido discutidos. Um dia eu me cansei e dei um basta na relação", diz.
Terapia, uma solução De acordo com Rosana, quem mais procura pela terapia são os casais com tempo de relacionamento entre 20 e 30 anos. Isso acontece quando uma das partes se incomoda e começa a querer se sentir melhor no relacionamento. Mas não são apenas os casais de longos anos de união que se propõem em participar da terapia de casais. Nos dias de hoje já é possível encontrar técnicas para namorados e noivos, que funcionam como um teste para saber se o relacionamento vai dar certo ou não. Há também aqueles que durante a terapia descobrem que estavam vivendo uma situação de conflito, e que a única coisa que resta é carinho pelo outro. "É muito comum acontecer isso hoje em dia, principalmente nos casamentos", afirma a psicóloga. Para que a discussão não se torne uma constante na vida do casal, o ideal que a mulher e o homem saibam o momento certo para acionar a D.R.. E até para haver o diálogo, é preciso que os dois queiram. A professora Elizandra da Matta fez várias tentativas para que seu companheiro aceitasse participar da terapia de casais, mas ele não concordava. Casados há nove anos, Elizandra e Alexandre passaram por uma fase de desacordos. "Nós não conseguíamos mais falar a mesma língua. Nosso maior problema é que nenhum dos dois queria ceder. Ficávamos somente apontando os defeitos do outro", conta. Até que um dia, quando na relação já não havia mais diálogo, Alexandre decidiu aceitar participar da terapia e tomou a iniciativa. "Antes da D.R. a sintonia não era a mesma. Um falava uma coisa, o outro entendia de maneira errada", desabafa o militar Alexandre da Matta, de 34 anos. Na opinião dele, é mais confortável fazer a discussão na terapia. "Diante do psicólogo dá para falar mais abertamente que se fosse com um amigo, pois ele é imparcial", completa. Dicas para evitar a D.R. Para que a relação não chegue ao ponto de fazer uma D.R., o jeito é não deixar o romance cair na rotina e procurar entender se o parceiro está totalmente satisfeito. A dica é estar sempre atento aos gostos do parceiro, deixando-o criar expectativas em relação aos mínimos detalhes que dizem respeito ao casal, desde a relação sexual à forma de se vestir para uma festa. Mas, se mesmo assim alguma coisa não agradar, faça uma D.R.! Fonte:wwww.bolsademulher.com.br

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