quarta-feira, 1 de maio de 2013

Falando sério...Quem ainda não passou por uma entrevista de emprego?

Questão de Opinião

Aos meus caríssimos colegas


Como uma seleção de pessoas poderá ser conduzida com ‎tranqüilidade...‎




‎...Por mais que o candidato possua as devidas competências desejadas pelo ‎mercado de trabalho, sejam essas técnicas ou comportamentais, quando esse ‎profissional busca uma nova posição neste mercado e participa de algum ‎processo de recrutamento e seleção, é comum que mostre e transpareça ‎alguns sinais de ansiedade. Afinal, o resultado deste processo pode apontar o ‎futuro de sua carreira e até mesmo a solução dos seus problemas pessoais, ‎afinal de contas, não ter como gerenciar suas despesas assusta a qualquer ‎pessoa. ‎



A ansiedade do candidato, durante o processo seletivo costuma ser ‎comum.Porque esse momento pode ser visto pelo candidato, como uma ‎situação nova e como tal, pode gerar tensão pelo desconhecimento das etapas ‎da seleção e dos pontos e fatores que serão avaliados. ‎

Vale destacar que a ansiedade do candidato pode ser considerada tanto ‎negativa quanto positiva. No primeiro caso, a tensão talvez seja uma expressão ‎da falta de consciência das limitações, de pontos que precisam ser melhorados ‎e até mesmo dos fatores que geraram a ansiedade no entrevistado. “A ‎ansiedade torna-se positiva quando transformada em cautela e aguça os ‎sentidos, deixando o aspirante ao cargo mais atento ao que escuta e responde”.‎



Mas, quais procedimentos um selecionador deve e pode adotar para que um ‎bom candidato não seja prejudicado por um momento temporário de ‎nervosismo quando a entrevista tem início?

Existem situações em que uma ‎conversa inicial e informal sobre algum assunto em destaque nos canais de ‎comunicação ou apenas um comentário sobre o trânsito pode relaxar, ‎descontrair o profissional. Esse pequeno tempo pode ser necessário para que a ‎pessoa centre a respiração e perceba que o selecionador não é um terrível ‎‎‘bicho-papão’, é alguém comum e que carrega consigo sentimentos como ‎qualquer indivíduo. Outro fator que pode driblar a ansiedade do concorrente à ‎vaga oferecida é oferecer uma caneta, uma folha de papel em branco, pois ‎inconscientemente o profissional poderá passar para o objeto certa descarga de ‎tensão. ‎

No entanto, se a inquietação do candidato por acentuada demais, ao ponto, de ‎fazê-lo paralisar e não escutar o que o selecionador indaga, o processo poderá ‎ou não ser adiado e isso irá depender da pessoa que está à frente da seleção, ‎se ela tem o hábito de marcar uma nova data para conversar com o profissional ‎e, é óbvio, se o prazo para o preenchimento da vaga é pequeno e inviabilizará ‎uma nova oportunidade, por mais que o candidato mereça, ao remarcar uma ‎entrevista o selecionador não precisa aplicar alguma dinâmica diferenciada para ‎o candidato que apresentou sinais de nervosismo. ‎

‎“No caso de uma nova oportunidade, o profissional já teve a chance de ‎reavaliar suas emoções e criar um artifício para conseguir controlar suas ‎emoções, durante a entrevista. Se mesmo assim o nervosismo proceder, é ‎indício de que o profissional não tem controle sobre sua ansiedade e, então, ‎torna-se necessário verificar se tal comportamento poderá vir a interferir no ‎desempenho de suas funções para o cargo em questão”. Vários fatores podem ‎contribuir para o estado emocional do candidato e não apenas a sua vontade ‎de conquistar a tão desejada vaga oferecida pela empresa contratante.A ‎presença de um selecionador que tenha uma postura rígida, séria, e pouco ‎amistosa, pode fazer com que o candidato vivencie fantasias a respeito da ‎seleção, gerando forte insegurança em se posicionar e como conseqüência, sua ‎expressão poderá ser superficial, com medo de se mostrar e sofrer algum tipo ‎de rejeição. ‎

Caso o selecionador encontre-se estressado, por exemplo, é aconselhável que ‎esse seja substituído por outro profissional qualificado para conduzir o processo ‎seletivo. Afinal, uma pessoa sob a influência do estresse fica mais vulnerável a ‎estímulos externos e o seu humor poderá influenciar na condução da seleção. O ‎selecionador precisa também estar atento às suas limitações, para que o ‎trabalho seja conduzido com total imparcialidade. ‎

O ambiente da entrevista:‎

Além da ansiedade de conseguir uma nova colocação no mercado e da postura ‎do próprio selecionador, outros fatores podem interferir no processo seletivo ‎como, por exemplo, o local onde a entrevista é realizada.O ambiente precisa ‎ser reservado para que o candidato não se sinta inibido e até mesmo para ele ‎que não seja ouvido ou observado por outros profissionais que também fazem ‎parte daquela seleção. No entanto, há casos em que por não terem local ‎apropriado, algumas empresas acabam entrevistando o aspirante ao cargo na ‎própria sala de trabalho, onde a presença de outras pessoas é inevitável. Esse ‎fato, dependendo da personalidade do candidato, pode causar certo incômodo, ‎mas que pode ser contornado pela experiência do entrevistador e pela ‎flexibilidade da empresa, em providenciar espaço adequado á realização deste ‎procedimento.‎

‎“Sugere-se que o ambiente ideal para um processo de seleção necessite de ‎uma sala reservada, com boa iluminação, confortável, com uma decoração ‎discreta e aconchegante. É importante que o selecionador não atrase o início da ‎entrevista, para não aumentar a ansiedade que já faz parte do momento”, ‎concluo, ao lembrar que a espontaneidade, bem como o conhecimento das ‎atividades do cargo que se está trabalhando, das personalidades esperadas e ‎do currículo do candidato são fatores que influenciam significativamente o êxito ‎da seleção. ‎

Márcia Moreira


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