segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Estatística sobre a depressão


Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo




Segundo levantamento feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 350 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, ou seja, pelo menos 5% da população.


Principalmente nesta quarta-feira (10/10/2012), quando é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental, esse é um alerta importante para a necessidade de incentivar os governos a implementarem tratamentos para combater o transtorno.
Apesar de haver terapia para a depressão, apenas metade das pessoas que sofrem com a doença recebe os cuidados de que necessitam. Casos de depressão leve podem ser tratados sem medicamentos, apenas com acompanhamento psicológico, mas, na forma moderada ou grave, geralmente os pacientes precisam de medicação.
A OMS define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração. A doença pode ser de longa duração ou recorrente. Na sua forma mais grave, pode até mesmo levar ao suicídio.

Depressão: doença que precisa de tratamento

Ricardo Moreno é médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Depressão é também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.

A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse, absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.
Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
DIFERENÇA ENTRE TRISTEZA E DEPRESSÃO
Drauzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão?
Ricardo Moreno – Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.
SINTOMATOLOGIA DA DEPRESSÃO

Drauzio – Muitas pessoas portadoras de depressão não reconhecem os sintomas da doença. Que dicas dar aos familiares para ajudá-los a identificar o comportamento de um deprimido?
Ricardo Moreno – Em geral, o indivíduo com depressão reconhece que está sendo afetado por algo novo, diferente das outras experiências de tristeza que teve na vida. A família pode identificar o comportamento do deprimido pela mudança de atitudes, porque ele deixa de ser o que era, deixa de sentir alegria, apresenta queda de desempenho e passa a agir de forma diferente da habitual.
Drauzio – Exatamente por estarem deprimidos, a maioria leva bastante tempo para procurar ajuda, não é?
Ricardo Moreno – Infelizmente, isso acontece. Muitas vezes, os indivíduos custam a identificar como anormal o que estão sentindo. É comum atribuírem a depressão a um mau momento da vida ou a relacionam com um obstáculo que poderá ser transposto sem dar-se conta de que foram acometidos por uma doença que tem tratamento capaz de melhorar sua qualidade de vida.
Drauzio - Quais são os sintomas mais característicos de um quadro depressivo?
Ricardo Moreno – São muitos os sintomas da depressão. Talvez o mais evidente seja o humor depressivo, que se caracteriza por tristeza e melancolia, acompanhado por falta de ânimo e de disposição, incapacidade de sentir prazer em atividades habitualmente agradáveis, alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos, desesperança, desamparo.
Drauzio – Um de meus pacientes dizia que apesar de estar tudo bem na vida, não conseguia olhar para nenhum lado sem ver os aspectos negativos e que esses assumiam importância muito maior do que os positivos.
Ricardo Moreno - De fato, essa doença provoca uma distorção na visão de mundo e de si mesmo. Lembro-me bem de um paciente que dizia existir uma nuvem cinzenta a seu redor que o impedia de olhar o espectro das cores. Achei uma definição interessante que bem traduz o sentimento depressivo.
COMPORTAMENTO FAMILIAR PARADOXAL
Drauzio – Existe uma contradição que se estabelece nesses quadros. A família vê a pessoa nesse estado e quer que reaja, mas ela não consegue e os familiares se voltam contra o deprimido. Isso é regra?
Ricardo Moreno – Essa é uma armadilha em que caem as famílias e o deprimido porque, esgotadas todas as tentativas para estimulá-lo, surge a raiva: “Ele não reage; eu tento, mas ele não quer melhorar”. Tal comportamento reforça a desesperança e a baixa autoestima próprias do indivíduo com depressão. Por isso, é importante esclarecer familiares e paciente que essa incapacidade de reação é uma das características da doença e ajuda a diferenciar o estado patológico do normal. Quando estamos tristes, somos capazes de reagir aos estímulos de prazer. O deprimido dificilmente o consegue. A depressão tira-lhe as forças. Ele não tem como lutar contra ela.
DOENÇA PREVALENTE NAS MULHERES
Drauzio – Por que as mulheres têm mais depressão do que os homens?
Ricardo Moreno –O sexo feminino passa por vários processos hormonais durante a vida: o início dos ciclos menstruais, a gravidez, o parto e, por último, a menopausa. Tudo isso implica alterações na produção dos hormônios sexuais femininos e torna a mulher mais vulnerável. Tanto é assim que no período da gravidez, do parto e da perimenopausa, a depressão ocorre com maior frequência. Após a menopausa, a relação da incidência entre homem e mulher tende a igualar-se, pois nessa fase cessam essas flutuações hormonais femininas.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Drauzio – Fale um pouco da depressão ligada ao parto, especialmente desses quadros graves que se estabelecem no pós-parto quando mulheres chegam a matar seus próprios filhos?
Ricardo Moreno – Existem duas posições no pós-parto. A primeira é um estado leve de melancolia que dura de cinco a sete dias e não traz grandes consequências nem para as mães nem para as crianças. A outra é a depressão pós-parto propriamente dita, um manifestação mais grave, porque compromete a mulher e sua visão de mundo e favorece o risco de um infanticídio.
É um caso tão sério que o código penal não o reconhece como crime, pois considera que a mulher perdeu a crítica e o ajuizamento da realidade.
DEPRESSÃO NA MENOPAUSA
Drauzio – Na passagem da menopausa, muitas mulheres se queixam de que de repente caem numa tristeza incontrolável e apresentam forte labilidade emocional. Por que isso acontece?
Ricardo Moreno – A menopausa também é um período de risco de depressão para as mulheres. É um fenômeno relacionado com a perda da capacidade reprodutiva e com as mudanças hormonais do sexo feminino.
DEPRESSÃO NOS HOMENS
Drauzio - Em que faixa etária os homens estão mais predispostos a sentir depressão?
Ricardo Moreno – Nos homens, a depressão é mais frequente nos adultos jovens, isto é, no final da adolescência e início da vida adulta. Pode-se dizer que o pico da incidência da doença ocorre dos 18 aos 30, 40 anos,  justamente na fase mais produtiva do indivíduo.
DEPRESSÃO NA VELHICE
Drauzio – E na velhice, também ocorrem casos de depressão?
Ricardo Moreno – A depressão pode ocorrer em qualquer ciclo da vida: na infância, adolescência, na vida adulta e na velhice. A infância é a fase de diagnóstico mais difícil. Muitos casos passam despercebidos, pois os sintomas são atribuídos a características de personalidade da criança. Na velhice, acontece algo semelhante. Muitas vezes, atribui-se a queda de energia e disposição ao peso da idade. “Ele está velho, já fez o que tinha de fazer” é a explicação que se dá, ignorando os sintomas da depressão e a possibilidade de mudar sensivelmente a condição de vida do velho porque existe tratamento para essa doença.
MUDANÇAS NO PARADIGMA DO TRATAMENTO
Drauzio – No passado, depressão era tratada com aconselhamento e psicoterapia. Hoje, depressão é tratada mais agressivamente. O que mudou no conhecimento da fisiologia da depressão que permitiu essa transformação no tratamento?
Ricardo Moreno – No cérebro existem células nervosas, os neurônios, e substâncias químicas que estabelecem a comunicação entre elas, os neurotransmissores. Em condições normais, a quantidade dessas substâncias é suficiente, mas ela cai consideravelmente durante a crise de depressão. Os medicamentos antidepressivos aumentam a oferta de neurotransmissores e promovem a volta ao estado normal do paciente.
O tratamento da depressão mudou muito com a descoberta desses medicamentos que provocam algumas modificações químicas no cérebro pela oferta de substâncias mediadoras que estabelecem a comunicação entre uma célula nervosa e outra durante o processo de transmissão dos sinais. No deprimido, os níveis dos neurotransmissores são baixos. Os antidepressivos bloqueiam o mecanismo de recaptura (impedem que os neurotransmissores retornem à célula de origem) o que aumenta a quantidade dessas substâncias nesse espaço virtual entre os neurônios.

Drauzio – Na verdade, a depressão reflete uma alteração bioquímica do cérebro.
Ricardo Moreno – Os estados depressivos são provocados por uma disfunção na bioquímica do cérebro o que acarreta manifestações psicológicas e comportamentais.
Drauzio – O tratamento visa à modulação mais harmônica dessa bioquímica cerebral?
Ricardo Moreno – O tratamento visa a regular essa disfunção e existem medicamentos bastante eficazes nesse aspecto. Costumo dizer que, nos últimos 40 anos, eles apresentaram uma evolução importante porque, apesar das desvantagens dos efeitos colaterais, promovem uma melhora significativa nos pacientes. Na relação custo-benefício, a decisão tende sempre para o tratamento uma vez que restabelece a qualidade de vida e diminui o risco de morte por suicídio ou outras doenças.
EFEITOS COLATERAIS

Drauzio – Quais os  principais efeitos colaterais desses medicamento?
Ricardo Moreno – Existem vários grupos de antidepressivos. Alguns provocam boca seca, intestino preso; outros, tremor. Os mais recentes, os chamados antidepressivos de nova geração, podem ocasionar ansiedade, tremores, inquietação, náuseas e, às vezes, vômitos. No entanto, isso acontece com pequena parcela das pessoas que tomam essa medicação, talvez 20% ou 30% delas.

Drauzio  No tratamento da depressão existe um complicador importante. Em geral, leva algum tempo para que o doente sinta os benefícios da medicação, mas os efeitos colaterais desagradáveis são piores no começo.
Ricardo Moreno – De fato, o medicamento leva de 10 a 15 dias para começar a ter boa ação antidepressiva. Em compensação, os efeitos colaterais são imediatos. Isso dificulta bastante a adesão ao tratamento e faz com que o paciente tenda a abandoná-lo precocemente.
ESTRATÉGIAS DE CONVENCIMENTO

Drauzio  Que estratégia você usa para explicar isso aos pacientes?
Ricardo Moreno – Tento ser o mais claro possível para convencê-los de que vale a pena suportar o desconforto inicial se considerados os riscos e o sofrimento que a depressão traz. Mostro-lhes que a primeira escolha de antidepressivos funciona bem em aproximadamente 70% dos casos. Nos outros, será necessário trocar de medicamento ou combinar formas diferentes de tratamento.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Drauzio – Depressão é uma doença crônica. Em muitos casos há períodos em que a pessoa passa bem e depois volta a ficar deprimida. Isso implica tratamentos muito longos?
Ricardo Moreno – Sabemos que a doença tende a ser recorrente em mais ou menos metade dos pacientes. Quem já teve um quadro de depressão tem 50% de possibilidade de ter outro. Para quem já teve dois episódios, o risco aumenta para 70% e, para quem teve três, sobe para mais de 90%. Portanto, alguns pacientes precisarão tomar medicamentos durante anos e outros, pela vida toda com o intuito de prevenir a recorrência. Para esses pacientes, o acompanhamento psicológico e uma boa relação médico-paciente são fundamentais para a adesão e sucesso do tratamento.
Drauzio – Como convencer os pacientes de que precisam tomar os remédios a vida inteira?
Ricardo Moreno – É preciso explicar que a retirada do medicamento nunca deve ser feita de forma abrupta, porque no processo de diminuição gradativa da dose os sintomas podem voltar. Isso convence o paciente da necessidade de manter o tratamento por um período mais longo ou até pela vida toda.
GATILHOS DESENCADEANTES DA DEPRESSÃO
Drauzio – Existem fatores que disparam o processo depressivo?
Ricardo Moreno – Sabemos hoje que existe predisposição genética para a depressão. Os indivíduos nascem com vulnerabilidade para a doença, mas ela não se manifesta em todas as pessoas predispostas. Isso vai depender de vários fatores, chamados estressores, que funcionam como gatilho. Por exemplo, o estresse psicológico provocado por qualquer adversidade da vida, o estresse físico, certas doenças, o consumo de drogas lícitas ou ilícitas e alguns medicamentos de uso contínuo podem precipitar os quadros. Entre as drogas lícitas destaca-se o álcool e entre as ilícitas, as estimulantes como a cocaína e a as anfetaminas.
Drauzio – Isso me faz lembrar de que, no passado, havia medicamentos associados, com certa frequência, à ocorrência de suicídios. Em alguns casos, por não receberem esclarecimentos sobre a ação das drogas, os médicos prescreviam um remédio para controlar a pressão arterial e desencadeavam um episódio depressivo.
DEPRESSÃO SAZONAL
Drauzio – O que se sabe sobre a influência do clima, especialmente nos países frios, sobre a depressão?
Ricardo Moreno – Há um quadro de surtos depressivos, chamado depressão sazonal, que está relacionado diretamente com os fotoperíodos, isto é, com a luminosidade. No outono e no inverno, especialmente nos países frios, a luz diminui muito e algumas pessoas se tornam mais vulneráveis às flutuações normais do humor e desenvolvem quadros depressivos.
FORÇA DA HEREDITARIEDADE
Drauzio - Você falou que uma pessoa pode nascer com predisposição para desenvolver depressão. Existe uma relação direta entre pais depressivos e seus filhos?
Ricardo Moreno – Existe. A ocorrência de depressão num membro da família aumenta muito a possibilidade de um parente próximo ou de primeiro grau ser afetado pela doença. Filhos de deprimidos, em geral, manifestam maior predisposição do que filhos de pais não deprimidos. No entanto, devem sempre ser considerados, nesses casos, não só os fatores genéticos, mas também o peso dos fatores ambientais.
REFLEXO NAS RELAÇÕES AFETIVAS
Drauzio – Quando aparece um quadro depressivo na família, como ficam as relações afetivas?
Ricardo Moreno – Geralmente a família se desestrutura bastante. A tendência inicial é querer ajudar o indivíduo a reagir. Como ninguém consegue, aflora um sentimento de frustração difícil de contornar. Por outro lado, uma série de crenças populares, que rotulam a depressão como falta de vontade, defeito de caráter e doença de rico, interferem negativamente. A mistura dessas crenças com as tentativas infrutíferas de auxílio distorcem as relações familiares. Além disso, deve-se considerar o impacto social e econômico que a doença pode representar para toda a família.
ORIENTAÇÃO AOS FAMILIARES
Drauzio – Como você orienta os familiares nesses casos?
Ricardo Moreno – O primeiro passo é a informação. Todos, inclusive os pacientes, precisam saber o que está sendo feito, que riscos correm os doentes, os benefícios do tratamento e o prognóstico a longo prazo. Acima de tudo, é preciso vencer o medo. De modo geral, os doentes e suas famílias têm medo da doença mental, da loucura. Abordados esses temas, consegue-se melhorar o resultado do tratamento e as relações interpessoais.
Drauzio – O que a família pode fazer para ajudar a pessoa deprimida a sair da crise mais depressa?
Ricardo Moreno – A família pode fornecer parâmetros da realidade. Não deve deixar a pessoa trancada no quarto o dia todo com as cortinas fechadas, nem deixá-la desrespeitar a necessidade de alimentação e higiene.
Esse paciente precisa ser estimulado o que não significa levá-lo ao shopping ou pô-lo para correr. Significa estimulá-lo de acordo com suas possibilidades de desempenho. Ninguém incentiva um paciente de UTI a andar pelos corredores do hospital. É importante respeitar as limitações que a doença impõe naquele momento.
Drauzio – A atividade física ajuda?
Ricardo Moreno – A atividade física ajuda bastante. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.
DEPRESSÃO: DOENÇA IMPACTANTE?

Drauzio
 – Dê um exemplo prático de quão incapacitante pode ser um quadro depressivo?
Ricardo Moreno - A depressão se divide em leve, moderada e grave. É um engano imaginar que a depressão leve seja menos incapacitante se considerarmos a duração dos sintomas. No entanto, os quadros moderados e graves comprometem mais o indivíduo que fica com baixa produtividade, autoestima diminuída e uma visão distorcida do mundo. Já tive pacientes que ocupavam cargos importantes, recebiam salários razoáveis, desfrutavam uma condição de vida relativamente boa e pediram demissão, porque não se julgavam merecedores daquele emprego. Isso a curto e a longo prazo provoca desdobramentos complicados e desgastantes para a família e para o indivíduo.
Tive também pacientes que tentaram o suicídio. Apesar de todos, felizmente, terem continuado vivos, alguns ficaram com sequelas importantes e sua atitude pôs em xeque valores éticos, morais e religiosos e criou um conflito traumático na família.
Sob o ponto de vista econômico, o indivíduo deprimido representa, ainda, um ônus para si, para a família e para a sociedade.
Drauzio – Você considera uma boa orientação aconselhar as pessoas a não tomarem decisões radicais durante as crises?
Ricardo Moreno – Geralmente aconselhamos o paciente e sua família a não tomarem nenhuma decisão importante ou definitiva enquanto perdurar a crise.
Drauzio – Num relacionamento sentimental a depressão é devastadora e frequentemente destrói casamentos, não é mesmo?
Ricardo Moreno – Destrói casamentos e sempre interfere negativamente na relação.
POSSIBILIDADES DE PREVENÇÃO
Drauzio – O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?
Ricardo Moreno – A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica, mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais.


Diagnóstico de depressão

O Doutor Drauzio Varella, fala sobre as maneiras de identificar esse mal,que tem atingido muitas pessoas.




 Depressão é a tristeza quando não acaba mais. É uma doença que ataca tão sub repticiamente, que a maioria dos que sofrem dela nem percebem que estão doentes. De cada dez pessoas que procuram o médico, pelo menos uma preenche os requisitos para o diagnóstico de depressão.
Do início insidioso, a depressão evolui continuamente para quadros que variam de intensidade e duração. Nos casos mais simples, a pessoa pode curar-se por conta própria em duas a quatro semanas. Passado esse período sem haver melhora, os especialistas recomendam atenção e tratamento, porque a depressão prolongada pode levar a suicídio e mortes por causas naturais.
Para ajudá-lo a identificar os sintomas da depressão acompanhe o algoritmo abaixo, retirado da quarta edição do “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV):
1) Durante o último mês, você esteve frequentemente chateado por se sentir deprimido e desesperançado?2)Durante o último mês você esteve frequentemente chateado por sentir falta de interesse nas atividades?
 Sim  Não Sim  Não
Se a resposta foi não a ambas as perguntas, é pouco provável que você tenha depressão. Mas, se uma das respostas foi sim, esteja atento a outros sintomas da doença.
O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas que incluam obrigatoriamente espírito deprimido ou anedônia, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, ocupacional e outros campos da atividade diária.
1) Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
2) Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
3) Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
4) Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
5) Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
6) Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
7) Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
8) Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
9) Idéias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.
De acordo com o número de itens respondidos afirmativamente, o estado depressivo pode ser classificado em três grupos:
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia;
2) Distimia: 3 ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo;
3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.

Pesquisa mostra os pontos turísticos mais reconhecidos pelos britânicos


3. A Estátua da Liberdade foi reconhecida por 96% dos entrevistados Foto: Getty Images
 
A Estátua da Liberdade foi reconhecida por 96% dos entrevistados


O site Sunshine.com fez uma pesquisa entre seus leitores para descobrir quais eram os monumentos mais reconhecidos pelos britânicos. Segundo a pesquisa, os entrevistados reconhecem melhor os monumentos no exterior, como a Torre Eiffel e deixam um pouco de lado importantes pontos turísticos ingleses, como o Big Ben. As informações são do The Telegraph. 1. A Torre Eiffel foi reconhecido por todos os 2 mil entrevistados Foto: Getty Images
 A Torre Eiffel foi reconhecido por todos os 2 mil entrevistados

 O site Sunshine.com fez uma pesquisa entre seus leitores para descobrir quais eram os monumentos mais reconhecidos pelos britânicos. Segundo a pesquisa, os entrevistados reconhecem melhor os monumentos no exterior, como a Torre Eiffel e deixam um pouco de lado importantes pontos turísticos ingleses, como o Big Ben. As informações são do The Telegraph.

2. As Pirâmides do Egito foram o segundo monumento mais reconhecido. 98% dos entrevistados reconheceram estas maravilhas do mundo antigo Foto: Getty Images

 As Pirâmides do Egito foram o segundo monumento mais reconhecido. 98% dos entrevistados reconheceram estas maravilhas do mundo antigo

 4. A Muralha da China alcançou o quarto lugar na lista Foto: Getty Images


A Muralha da China alcançou o quarto lugar na lista


5. Finalmente, o Big Ben, um monumento britânico apareceu na pesquisa feita no Reino Unido. 93% dos entrevistados o reconheceram Foto: Getty Images


Finalmente, o Big Ben, um monumento britânico apareceu na pesquisa feita no Reino Unido. 93% dos entrevistados o reconheceram


6. O sexto monumento que mais foi reconhecido foi o Taj Maham, na Índia Foto: Getty Images


O sexto monumento que mais foi reconhecido foi o Taj Maham, na Índia


7. Um dos locais mais antigos do Grã-Bretanha, o Stonehenge, foi apontado por 77% dos pesquisados Foto: Getty Images


Um dos locais mais antigos do Grã-Bretanha, o Stonehenge, foi apontado por 77% dos pesquisados


8. A Casa de Ópera de Sidney, na Austrália, foi reconhecida por 77% dos entrevistados Foto: Getty Images


A Casa de Ópera de Sidney, na Austrália, foi reconhecida por 77% dos entrevistados


9. O Coliseu de Roma foi reconhecido por 69% dos entrevistados Foto: Getty Images


O Coliseu de Roma foi reconhecido por 69% dos entrevistados


10. Em décimo lugar ficou a ponte Golden Gate, em São Francisco, nos Estados Unidos Foto: Getty Images


Em décimo lugar ficou a ponte Golden Gate, em São Francisco, nos Estados Unidos

fonte:vidaeestilo.terra.com.br







Batom vermelho para o dia - pode e deve





Batom vermelho para o dia pode e deve
Batom vermelho combina com diversos tons de pele e valoriza qualquer look
Se você gosta de batom vermelho e ainda pensa duas vezes antes de usá-lo durante o dia ou no trabalho, suas dúvidas vão acabar.

Ele pode e deve ser usado durante o dia. É fashion uma maquiagem super elaborada. E ele, com certeza, será o ponto de destaque da sua produção.Por isso, não se acanhe e use-o no trabalho. Se você achar que a cor está muito berrante, o que pode fazer é escolher um tom menos intenso, um vermelho queimado, para ir se acostumando. O vermelho é uma tonalidade bastante democrática e, inclusive, já foi um sucesso no inverno, mas ele combina com qualquer estação. Vale a pena ter ao menos um na sua nécessaire.
Os acompanhamentos do batom vermelho são uma pele bem feita, máscara de cílios, e um delineador, ou lápis preto. E voilá, você estará bem preparada para o trabalhar ou passear.

  Scarlett Johanson é fã de boca vermelha. Foto Studio Sandra Hair

Batom vermelho embeleza e complementa qualquer look. Foto reprodução Mondo bacana 

Cortes e penteados para gordinhas





Cortes e penteados para gordinhas

Dentro de cada segmento há variações e modelos diferentes que ajudam a melhorar e a deixar nossa aparência ainda mais bonita. Pensando nisso, os hairstylists Sidney Akira e Saga se juntaram para dar algumas dicas dos melhores cortes e penteados para as mulheres mais cheinhas e com o rosto arredondado.
Para rostos redondos deve-se tomar cuidado com exageros, como cabelos muito curtos ou muito longos.

Muito curtos deixam só o rosto aparecendo, muito longos ficam pesados e completamente sem volume e chamam a atenção para as bochechas.O ideal é repicar na parte da frente ajudando a alongar o rosto, franjas sempre longas, para serem usadas para o lado (franjas retas achatam mais o rosto).
Já para os penteados o mais indicado é usar algo não totalmente preso, como os semi-presos, com uma parte do cabelo cobrindo as laterais do rosto. Coques podem ser usados desde de que deem um visual meio despenteado com algumas mechas soltas.
Para o uso no dia a dia, evite colocar o cabelo atrás das orelhas, pois isso evidencia mais ainda o formato redondo do rosto.
Deve-se evitar o volume nas laterais, mas não deixar o cabelo "colado" na cabeça, crie um movimento natural, sempre cubra os dois lados ou um dos lados, dando a impressão de estreitamento e alongamento no rosto. Fios soltos no contorno do rosto também ajudam no visual.


Por Jessica Moraes
www.vilamulher.terra.com.br

Mulheres reclamam demais?

Mas porque será que as mulheres tanto reclamam?





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