O brasileiro Dalton
Trevisan, vencedor da edição de 2012 do Prémio Camões, foi esta
segunda-feira felicitado pelo ministro moçambicano da Cultura, Armando
Artur, e pela a Associação dos Escritores Moçambicanos.
Trevisan
receberá os 100 mil euros do prémio, após o secretário de Estado da
Cultura de Portugal, Francisco José Viegas anunciar que o brasileiro foi
o vencedor do prémio.
O governante moçambicano Armando Artur saudou Trevisan mas ao mesmo mostrou-se desiludido pelo prémio «passar por Moçambique».
Citado
pelo JN, o ministro moçambicano abordou o tema: «É sempre motivo de
alegria quando o maior prémio da nossa comunidade linguística é
anunciado. Por outro lado, é com muita pena que este prémio não passe
mais vezes por África e, particularmente, por Moçambique.»
Por
sua vez, Jorge Oliveira, secretário-geral da Associação dos Escritores
Moçambicanos, lembrou que o prémio só foi entregue a um moçambicano em
1991: «Estamos satisfeitos porque o Prémio Camões é um momento maior da
literatura lusófona, mas há também uma enorme frustração por Moçambique
nunca ter ganho desde 1991, apesar do grande contributo que tem dado à
literatura da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Dalton Trevisan
aparece como o grande vencedor da 24ª edição do Prêmio Camões, o mais
importante da língua portuguesa,como anunciou nesta segunda-feira o
secretário de Estado de Cultura luso, Francisco José Viegas.Fontes:veja.abril.com.br;
abola.pt/mundos
Nascido em Curitiba no ano de 1925, Trevisan é considerado como um dos melhores contistas da literatura brasileira do século XX e alcançou à fama com o livro 'O Vampiro de Curitiba', lançado em 1965.
Esquivo à exposição midiática, Trevisan é autor de mais de 40 obras, a maioria formada por tramas psicológicas com toques tradicionais, comuns e presentes no cotidiano.
O júri tomou sua decisão por unanimidade e destacou a obra de Trevisan sem concessões a sua vida social. Com o prêmio de 2012, o escritor brasileiro sucede o português Manuel Antonio Pina, o último ganhador.
Entre os ganhadores do Luis de Camões, destacam os portugueses Antonio Lobo Antunes (2007), Miguel Torga (1989) e José Saramago (1995), além dos brasileiros Rubem Fonseca (2003) e João Cabral de Melo Neto (1990).
Criado em 1989 pelos Governos de Portugal e do Brasil, o Prêmio Camões possui o objetivo de premiar um escritor cuja obra contribua com a projeção e o reconhecimento da língua portuguesa, falada por mais de 230 milhões de pessoas no mundo.
Trevisan, que trabalhou em uma fábrica de vidros e chegou a exercer vários anos de advocacia, fez parte da chamada Geração de 45, formada por Mario de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, entre outros.
Entre outros prêmios, Trevisan obteve duas vezes o Jabuti, com 'Novelas nada Exemplares' (1959) e 'Cemitério de Elefantes' (1964), e compartilhou o Portugal Telecom, ao lado de Bernardo Carvalho, com 'Pico na Veia' (2002). EFE
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